• the ultimate jazz archive: big bands
• the ultimate jazz archive: vocalists
![]() | Charles Mingus (1922-1979) é o mais influente contrabaixista do jazz moderno. Nascido numa base militar em Nogale, Arizona, cresceu em Los Angeles. Tendo começado a estudar música ainda criança, depois de tentativas sem muito sucesso com o trombone e o violoncelo, acabou por se decidir pelo contrabaixo na época do colégio. Seu talento logo foi percebido, e Mingus tocou nos anos 40 nos grupos de Barney Bigard, Louis Armstrong e Lionel Hampton. Participou do trio do vibrafonista Red Norvo com o guitarrista Tal Farlow em 1950-1951. Nos anos 50 tocou com grandes músicos: Stan Getz, Art Tatum, Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Bud Powell, Max Roach e Duke Ellington, a quem admirava muito. Em 1956 Mingus gravou o disco ‘Pithecanthropus Erectus’, reconhecido como uma obra-prima, que estabeleceu definitivamente seu nome como um dos líderes do jazz moderno. Nos dez anos seguintes, ele compôs e gravou discos antológicos. Durante a década de 60, porém, problemas psicológicos e dificuldades financeiras fizeram a carreira de Mingus entrar em colapso, não sem antes gravar mais uma de suas obras-primas, ‘The Black Saint and The Sinner Lady’, e também o disco solo como pianista, ‘Mingus Plays Piano’. A vida profissional e pessoal melhorou apenas em 1971, com o recebimento de uma bolsa de composição da fundação Guggenheim; a venda das matrizes do selo ‘Debut’, que fora fundado por Mingus e Max Roach, para a ‘Fantasy’; e a publicação da surpreendente autobiografia ‘Beneath the Underdog’. A partir daí, começou a haver um reconhecimento maior por parte do público, mas o fogo criador havia atenuado. Em 1977, Mingus foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica. Em 1978, realizou-se um concerto em sua homenagem na Casa Branca, ao qual Mingus compareceu já numa cadeira de rodas. O fim viria em 1979, depois de uma série desesperada de tentativas de cura usando diversos tipos de medicina não-convencional. Depois de sua morte, seu prestígio cresceu ainda mais, e os grupos ‘Mingus Dinasty’ e ‘Mingus Big Band’ levaram seu legado adiante. Mingus possuía uma personalidade complexa e mesmo agressiva, não são poucas as histórias de Mingus tendo agredido outros músicos. Foram diversas interrupções na produção musical por conta de sua instabilidade emocional. Sentia com intensidade o drama do preconceito racial, usando diversas vezes a música como veículo de protesto. Nos anos 50 e 60, Mingus abriu novos caminhos para o jazz e para o contrabaixo. Seu toque ao contrabaixo é nervoso, veloz e irregular, e seus solos são longos e intensos. Ele fez com o contrabaixo o que Max Roach e Art Blakey fizeram com a bateria, trouxe-o para o primeiro plano. As composições de Mingus revelam um pensamento musical sofisticado. Em certo sentido, ele pode ser considerado um precursor do free jazz. No entanto, nunca deixou de cultivar, mesmo em peças mais profundamente radicais, as raízes do jazz. Ora vanguardista, ora tradicionalista, ora lírico, ora feroz, porém sempre inovador e profundamente musical, Mingus criou, ao longo de seus 56 anos, uma obra profunda, que tem servido de inspiração para gerações de músicos. Leia +... |
![]() evening in paris | 31-1: Lou Donaldson (1952-1954) Tracklist 31-2: Art Farmer (1953-1956) Tracklist 31-3: Tal Farlow (1952-1955) Tracklist 31-4: Charles Mingus (1954) Tracklist |
Nenhum comentário:
Postar um comentário