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quinta-feira, 13 de maio de 2010

diana ross | the supremes

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lady sings the blues

diana rossEm 1959, Diane Ross (sem o ‘a’), formou junto com Mary Wilson, Florence Ballard e Barbara Martin um grupo chamado ‘The Primettes’. Em 1961, Barbara Martin saiu do grupo para se casar e as demais assinaram contrato com a gravadora 'Motown'. Em 1963, o nome do grupo foi mudado para ‘The Supremes’. Em 1967, tornaram-se ‘Diana Ross and the Supremes’. Em 1986, Mary Wilson uma das três divas, em seu livro ‘Dreamgirl: My Life As a Supreme’ resolveu publicar suas memórias e mágoas em páginas recheadas com brigas e desavenças. Numa delas faz menção à Florence Ballard fundadora das ‘The Supremes’ que perdeu espaço para Diana Ross quando essa passou de contratada a namorada de Berry Gordy, dono da gravadora. Florence Ballard passou a beber e inchada não conseguia mais entrar nas roupas das supremas. Sem demora foi substituída. Nunca mais conseguiu se reerguer. Pobre, deprimida e alcoólatra faleceu em 1976, de um ataque cardíaco, com 32 anos.

Mark Ribowsky conta em seu livro ‘The Supremes: A Saga of Motown Dreams, Success and Betrayal’ que Diana Ross foi a única que sobreviveu no grupo, e ter sido amante do todo poderoso da gravadora Motown foi o de menos. A diva não poupava nada e ninguém. Escalava a cama de quem lhe servisse e puxava o tapete de quem fosse obstáculo. Mas a dupla Mary Wilson, membro original do grupo, e Cindy Birdsong, que substituiu a falecida Florence Ballard, conseguiu sua vingança quando Diana Ross traçou uma turnê de reencontro das ‘The Supremes’ em 2000 e ofereceu-lhes uma fração dos US$ 15 milhões que iria render o show. De acordo com o livro, as duas se recusaram a dividir os holofotes e Diana tentou substituí-las por duas supremas dos anos 70, mas os fãs estavam interessados apenas na configuração original do grupo e a turnê foi cancelada.

The PrimettesEm outro livro, ‘The Rough Guide to Soul and R&B’, Peter Shapiro diz o seguinte sobre Diana: ‘Você pode amá-la ou odiá-la, mas você não pode negar o seu poder de estrela’. Verdade. Apesar do fracasso da turnê para o reencontro das supremas, de suas atitudes negativas, dos shows decadentes em Las Vegas, dos escândalos e histerismos em aeroportos, por ter sido presa em 2004, ao ser flagrada dirigindo embriagada na contramão, embora tenha sido internada em 2003 numa clínica para dependentes de álcool e drogas, ela é, sem sombra de qualquer dúvida, uma das maiores inspirações para todas as cantoras da soul music e do pop. Ela influenciou mulheres afro-americanas durante várias gerações. Influenciou até o seu pupilo transformista Michael Jackson, que obcecado por sua imagem recorreu a inúmeras cirurgias plásticas no intuito de ficar igual à diva do soul.

Filha de um operário e de uma professora, Diane Ernestine Ross, nasceu em Detroit, Michigan. De 1959 a 1967, período que esteve com as ‘The Supremes’, o grupo atingiu por 12 vezes o primeiro lugar nas paradas de sucesso norte-americanas. Em 1970, sob as asas do amante Berry Gordy Jr., Diana deixou o grupo e a carreira solo iniciou-se com uma mentira orquestrada pela Motown: de que ela teria descoberto os ‘Jackson 5’. Essa farsa magoou a muitos, principalmente Gladys Knight que teria indicado o grupo e o cantor e compositor Bobby Taylor que teria insistido para que Berry Gordy ouvisse os meninos de Indiana. O fato é que Diana Ross transformou-se no maior produto da gravadora abrindo as portas para o mercado internacional. O arranjador da Motown Gil Askey descreveu-a como: ‘ideal do ponto de vista comercial, o instrumento perfeito para as ondas sonoras dos rádios transistorizados do mundo’. Encantado com a mina de ouro a ser explorada, Berry Gordy afroxou o controle férreo exercido sobre os demais contratados como Stevie Wonder e Marvin Gaye que só assim realizaram gravações mais ousadas surgindo assim obras-primas da música popular.

diana ross and berry gordyDiana Ross não compunha, não tocava, apenas cantava e, portanto, era mais fácil transformá-la em produto. E foi ensaiada de como apresentar-se em público, incluindo os gestos, roupas, declarações para a imprensa, e também o repertório musical. O seu primeiro grande êxito, ‘Reach Out And Touch (Somebody's hand)’, antecedeu um conjunto de canções que consolidaram o sucesso obtido anteriormente com as ‘The Supremes’. A carreira de atriz foi meticulosamente planejada por ela e Berry Gordy. Ainda que efêmera, a carreira cinematográfica teve início em 1972, no papel da cantora Billie Holiday, em ‘Lady Sings The Blues’ que lhe valeu a nomeação para o Oscar de melhor atriz. Em 1975, participou do filme 'Mahogany' dirigido pelo próprio Berry Gordy e em 1978 do ‘The Wiz’ ao lado de Michael Jackson, que nem mesmo o diretor Sidney Lumet conseguiu salvar do fracasso comercial que afundou também a carreira de Diana Ross. Ela só voltaria nos anos 90 em duas produções para TV. Na carreira musical, Diana continuou a fazer sucesso apesar dos discos solo não serem bem vistos pelos críticos. O primeiro disco ‘Diana Ross’ é excelente, assim como o ‘Diana!’, de 1971. ‘Diana & Marvin’, gravado com Marvin Gaye em 1973 teve como destaque a música ‘My Mistake’. Com as mudanças na gravadora 'Motown', o desgaste de sua relação com Berry Gordy e a vontade de dirigir a sua própria carreira, fizeram com que Diana fosse para a RCA em 1981. Seu último sucesso foi ‘Chain Reaction’ em 1986. E Diana Ross deixou de ser uma força na indústria da música apesar do público fiel constituído majoritariamente por mulheres e de ser a eterna musa dos gays.

the supremes - baby love


diana ross – The Complete Collection (2009)

The Complete Collection (2009)
CD 1
CD 2: parte I    parte II

Tracklist CD 1
01. Where Did Our Love Go (feat. The Supremes) 02. Baby Love (feat. The Supremes) 03. Come See About Me (feat. The Supremes) 04. Stop! In The Name Of Love (feat. The Supremes) 05. Back In My Arms Again (feat. The Supremes) 06. Nothing But Heartaches (feat. The Supremes) 07. I Hear A Symphony (feat. The Supremes) 08. My World Is Empty Without You (feat. The Supremes) 09. You Can't Hurry Love (feat. The Supremes) 10. You Keep Me Hangin' On (feat. The Supremes) 11. Love Is Here And Now You're Gone (feat. The Supremes) 12. The Happening (feat. The Supremes) 13. Reflections (feat. The Supremes) 14. In And Out Of Love (feat. The Supremes) 15. Forever Came Today (feat. The Supremes) 16. Love Child (feat. The Supremes) 17. I'm Gonna Make You Love Me (feat. The Supremes and The Temptations) 18. I'm Livin' In Shame (feat. The Supremes) 19. The Composer (feat. The Supremes) 20. Someday We'll Be Together (feat. The Supremes) 21. Reach Out And Touch 22. Ain't No Mountain High Enough 23. I'm Still Waiting 24. Touch Me In The Morning 25. You Are Everything (feat. Marvin Gaye)

Tracklist CD 2
01. Theme From Mahogany (Do You Know Where You're Going To) 02. Love Hangover 03. The Boss 04. Upside Down 05. My Old Piano 06. I'm Coming Out 07. It's My Turn 08. Endless Love (feat. Lionel Richie) 09. Why Do Fools Fall In Love 10. Mirror Mirror 11. Work That Body 12. Muscles 13. Touch By Touch 14. Swept Away 15. Eaten Alive 16. Chain Reaction 17. Missing You 18. When You Tell Me That You Love Me

2 comentários:

  1. Uau!
    Diva pra inspirar a sexta-feira!
    Bjs!

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  2. fantástica, uma das divas do rock...a amiga de MJ.... e dona de uma poderosa voz, belas melodias e muito swingue...rs sempre psicodélico esse blog!Cada vez melhor esse blog.... Sempre interessante e inteligente... Se der depois apareça e dê uma sacada no post que fiz – Em algum lugar do passado... Abração, Leandro

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